Algumas abordagens construidoras de cidadanias
José Teodoro Costa
No
Brasil, por características ligadas à história da sua formação cultural, o povo
nunca foi estimulado a participar da sua vida política.
Hoje
o País está numa fase em que, se esse desinteresse continuar, nenhuma novidade
acontecerá ainda por muito tempo na vida social, cultural, política e econômica.
No
que diz respeito ao povo negro, cujas organizações antirracistas não conseguem
se aproximar do negro-massa, a situação ainda é muito pior, porque as
diretorias de tais associações, juntas com a intelectualidade negra não conseguem
achar meios de se comunicar politicamente com essas pessoas dentro das suas
realidades de vida.
Por que não se pensar em novas
possibilidades de se ajudar os negros-massa descobrirem que, juntos com outros
que têm as mesmas necessidades, podem conquistar aquilo que individualmente
nunca conseguirão.
Movimentos
voluntários, obrigatoriamente apartidários, que deem aos negros-massa informações adequadas
às suas realidades de vida podem colaborar na construção da ponte
capaz de ligar suas necessidades reais às suas cidadanias de fato. Existem
inúmeras iniciativas pelo Brasil capazes de demonstrarem que isso é perfeitamente
possível.
Esses
movimentos também apresentam um grande potencial de, por intermédio de
lideranças emergidas desses movimentos, representá-los e, indiretamente,
diminuir paulatinamente, os efeitos do Racismo Institucional e, por tabela, ir
tirando a legitimidade do exercício do racismo social contra negros.
Por outro lado tais movimentos também levarão à
permanente ampliação da conscientização sobre o racismo na sociedade brasileira
e possibilitarão às emergências futuras de legítimas e necessárias lideranças
políticas das confianças dos integrantes desses movimentos sociais.
Seguem algumas sugestões para se discutir a formação
de grupos de trabalhos voluntários despertadores de cidadanias.
1)
Movimento para Reconhecimento de Paternidade para Mulheres de Presos;
2)
Movimento de Mães Solteiras;
3)
Movimento para Melhoria da Saúde Pública em Sua Cidade ou Bairro;
4)
Movimento para Registrar Pessoas nas Áreas Periféricas das Cidades;
5)
Movimento para Facilitar Acesso ao Bens Públicos em Periferias;
6)
Movimento para Ajudar Moradores de Ruas;
Movimento
para Ajudar na Efetivação de Direitos(?);
7)
Movimento Civil Organizado como Elemento de Pressão(Conscientizando, Buscando e
Denunciando);
8)
Movimento de Ajuda aos Jovens na Busca de Qualificação Profissional com Base em
Previsões de Possibilidades de Empregos;
9)
Movimentos capazes de explicarem os baixos salários no Brasil e suas relações com
os impostos que os governos cobram sobre
a folha de salários;
10)
Movimentos voluntários para reforços escolares com ajuda das secretarias de
educação dos municípios;
11)
Movimentos de esclarecimentos sobre Impostos diretos e indiretos que a
população paga;
12)
Outras sugestões(Deixem no Face que disponibilizo neste blog atualizando e
ampliando esta lista de sugestões.).
Um comentário:
Perceber que ter emprego já é uma grande conquista. O maior desperdício do nosso tempo é acreditar que o que somos e em si influenciados na habilitação do projeto político onde aqui no Rio de Janeiro cidade Estado onde o imperialismo econômico tornou-se por mais de duas décadas um papel previsível sem esclarecimentos. Hoje, o que deveria ocorrer é a materialização dos movimentos sociais dos quais por estratégias nunca tiveram sua apreciação por falta de verbas as mesmas atribuídas de forma indevida e precursoras do distanciamento dos sociais, institucionais e os públicos. Em greves estudantis vimos neste ultimos anos o que todas as gestões anteriores já sabiam e se apropriavam. Fala como Ator público e procurar nas figuras de linguagens uma instituição de paz onde milhares se perderam e outras estão sendo perdidas. As dificuldades que hoje a saúde e a cultura divorciadas da educação por mandatos políticos que procuram informações. Parabenizar ações em conjunto e a valorização junto com o saneamento. O valor da nossa população e o descaso.
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