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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Lideranças Científicas e Intelectuais Africanas Antecipam Demandas do Continente



Graça Machel inaugura universidade pan-africanista
Nos próximos 50 anos, a instituição pretende formar 3 milhões de líderes africanos.
Por Miguel Gomes, na Maurícia*.
O primeiro campus da African Leadership University (ALU) está situado na Maurícia, arquipélago africano no Oceano Índico. A visão dos fundadores do projecto passa por construir 25 campus em todo o continente, introduzindo mudanças na forma de ensinar. Graça Machel, antiga ministra da Educação de Moçambique, será uma das figuras presentes na inauguração oficial, que vai decorrer amanhã, 17, em Port Louis.
Para além dos 25 campus universitários em todo o continente africano, o objectivo é integrar 10 mil alunos por unidade. Nos próximos 50 anos, a instituição pretende formar 3 milhões de líderes africanos. A ALU, no entanto, está aberta a estudantes de todo o mundo.
O primeiro campus da ALU já está em funcionamento na Maurícia, onde neste momento estudam 180 alunos. São provenientes da Nigéria, Gana e Quénia, na sua maioria, mas estão representados cerca de 30 países no total – dois são originários da Jordânia. Angola tem seis estudantes na ALU.
O plano curricular é bastante diferente dos sistemas de educação africanos. Dividido num primeiro ano de base e três para a formação específica, o conceito da academia de líderes liga-se com uma ideia de liberdade e de procura individual. E está desenhado para ser um processo contínuo de busca por informação e formação – quebrando a relação clássica entre tutor-aluno e desmaterializando (na teoria, por enquanto) o valor facial do diploma.
A selecção dos professores, aberta a qualquer origem, passa por três fases – e nenhuma das fases olha especialmente para a formação do tutor. A primeira fase de selecção é uma conversa de 30 minutos onde se fala sobre a vida e pensamento do professor. Na segunda fase, a ALU pede para o candidato desenvolver um trabalho, que será depois avaliado. E a terceira fase do processo passa por uma avaliação do que se fez, em conexão com a formação de base e os objectivos da ALU.
Também o processo de selecção dos alunos é aberto. Tudo passa pela experiência de vida e pela sua história pessoal. A ALU identifica potenciais líderes através do seu perfil (há alunos que foram refugiados, que construíram escolas nas suas comunidades, entre outros exemplos).
A ALU cobra USD 10 mil/ano por aluno (com alojamento incluído). Segundo a organização, o custo total da formação para a instituição é de USD 20 mil/ano por aluno. No entanto, os estudantes seleccionados que demonstrem não ter os fundos necessários são financiados pela ALU. Os processos são individuais e analisados caso-a-caso.
Um dos fundadores e principal rosto do projecto é o empreendedor Fred Swaniker, 37 anos, natural do Gana. Swaniker viveu em diferentes países africanos até fazer 18 anos. Depois seguiu os seus estudos nos Estados Unidos da América, onde se formou e trabalhou em grandes empresas. Há alguns anos que pretende ter impacto no continente e escolheu a via da educação.
Swaniker usa a sua rede de contactos profissionais e pessoais para garantir o financiamento do projecto. É assim que a ALU financia os estudantes que não têm capacidade económica para frequentar os programas disponíveis.
Antes de escolher o percurso de formação, o primeiro ano (de quatro) é orientado apenas para o desenvolvimento de capacidades: “decisão e informação”, “comunicação de impacto”, “liderança empresarial” e “gestão de projectos”. Cada ano curricular prevê oito meses de frequência de aulas e quatro meses de estágio profissional (a ALU montou a sua estrutura em parceria com várias empresas conhecidas, que vão receber os alunos nesta fase).
Os restantes três anos dão acesso a um grau de bacharelato, que é feito em parceria com a Glasgow Caledonian University (com campus em Londres, Nova Iorque e Glasgow). A ALU desenvolve também parcerias com algumas das mais prestigiadas universidades do mundo, como a Universidade de Stanford (EUA), por exemplo.
O primeiro campus está localizado na Maurícia também por razões políticas, económicas e operacionais. O país é aberto ao exterior (a maioria dos visitantes não precisa de requerer um visto prévio, o que facilita a movimentação de pessoas) e acolheu a ALU com entusiasmo – a actual presidente da República da Maurícia, Ameenah Gurib-Fakim, também estará presente na inauguração.
A ALU é uma das ramificações do African Leadership Group, um conjunto de organizações com sede em Joanesburgo (África do Sul) que inclui, para além da universidade, a African Leadership Academy (que organiza programas pré-universitários de dois anos), a African Leadership Network (que conecta quase 2 mil líderes influentes para encorajar o comércio, o investimento e a colaboração pan-africana) e o Africa Advisory Group (consultoria e identificação de talentos).

Fonte:
http://www.redeangola.info/graca-machel-inaugura-universidade-pan-africanista/

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* A notícia foi actualizada às 13.36h , acrescentando o número de estudantes angolanos na ALU.

Um comentário:

Rodolfo Sant'Ana Gomes Alvares de Abreu disse...

Estou inanimado estático, nunca a havia sido pioneiro em tantas prévias e existência de inclusão e integração simultânea. Correspondente a uma ruptura no espaço temporal, primário. E sempre tenho a minha própria opinião. Creio que minha faze de experiências novas por si, se concretizam, no disseminar do espaço logístico. Onde o ponte, e o acesso, estão em dinâmica construção. Que medo! Uma flecha, um arco contraído e uma direção aperfeiçoda. Creio que seja necessário uma diretoria executiva, em substituição a uma presidência. Funcionária como: Diretor (a) executiva de comunicação e projetos, Diretoria Administrativa e financeira, Diretoria Marketing e publicidade, Diretoria de Disseminação e Recursos da Geografia Natural, integrada. Diretoria de qualificação e bem comum. Criando um hexágono entorno da otimização. Constituiriamos um diálogo abordando os pontos, atribuíndo ao objetivos as premissas prováveis, relatando, as análises parciais dos acontecimentos. Creio que seja necessário que os grupos de trabalhos específicos, tendo, nesta, atuação, coletiva de autonomia, baseadas, nas metas. A parte preponderante é que todos são atores, ação, qualidade, qualificação, produto, encubadora e serviços. A Diretoria Executiva, norteia de forma objetiva o Feed Back e também não fica estática, caso de uma desistência. Pois a principal demanda é a formação e está preparado é seguir em frente. Cabe a nos sabermos, que tudo é confortável e que não estamos inventado a roda, 1°, 2°, 3° e quantos mais forem as atribuições de recursos humanos, nesta diretoria, mais formalmente especializados estudaremos em blocos até encontrarmos o nosso liminte (s), sem perder de vista o aluguel, o vestiário, a alimentação, o deslocamento, a proximidade, a otimização. Flexibilização.

 

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