Graça Machel inaugura
universidade pan-africanista
Nos
próximos 50 anos, a instituição pretende formar 3 milhões de líderes africanos.
Por Miguel Gomes, na Maurícia*.
O
primeiro campus da African Leadership University (ALU) está situado
na Maurícia, arquipélago africano no Oceano Índico. A visão dos fundadores
do projecto passa por construir 25 campus em todo o continente,
introduzindo mudanças na forma de ensinar. Graça Machel, antiga ministra da
Educação de Moçambique, será uma das figuras presentes na inauguração oficial,
que vai decorrer amanhã, 17, em Port Louis.
Para além
dos 25 campus universitários em todo o continente africano, o objectivo
é integrar 10 mil alunos por unidade. Nos próximos 50 anos, a instituição
pretende formar 3 milhões de líderes africanos. A ALU, no entanto, está aberta
a estudantes de todo o mundo.
O
primeiro campus da ALU já está em funcionamento na Maurícia, onde neste momento
estudam 180 alunos. São provenientes da Nigéria, Gana e Quénia, na
sua maioria, mas estão representados cerca de 30 países no total –
dois são originários da Jordânia. Angola tem seis estudantes na ALU.
O plano
curricular é bastante diferente dos sistemas de educação africanos. Dividido
num primeiro ano de base e três para a formação específica, o conceito da
academia de líderes liga-se com uma ideia de liberdade e de procura
individual. E está desenhado para ser um processo contínuo de busca por
informação e formação – quebrando a relação clássica entre tutor-aluno e
desmaterializando (na teoria, por enquanto) o valor facial do diploma.
A
selecção dos professores, aberta a qualquer origem, passa por três fases – e
nenhuma das fases olha especialmente para a formação do tutor. A primeira fase
de selecção é uma conversa de 30 minutos onde se fala sobre a vida e pensamento
do professor. Na segunda fase, a ALU pede para o candidato desenvolver um
trabalho, que será depois avaliado. E a terceira fase do processo passa por uma
avaliação do que se fez, em conexão com a formação de base e os objectivos da
ALU.
Também o
processo de selecção dos alunos é aberto. Tudo passa pela experiência de vida e
pela sua história pessoal. A ALU identifica potenciais líderes através do seu
perfil (há alunos que foram refugiados, que construíram escolas nas suas
comunidades, entre outros exemplos).
A ALU
cobra USD 10 mil/ano por aluno (com alojamento incluído). Segundo a
organização, o custo total da formação para a instituição é de USD 20 mil/ano
por aluno. No entanto, os estudantes seleccionados que demonstrem não ter
os fundos necessários são financiados pela ALU. Os processos são individuais e
analisados caso-a-caso.
Um dos
fundadores e principal rosto do projecto é o empreendedor Fred Swaniker, 37
anos, natural do Gana. Swaniker viveu em diferentes países africanos até fazer
18 anos. Depois seguiu os seus estudos nos Estados Unidos da América, onde se
formou e trabalhou em grandes empresas. Há alguns anos que pretende ter impacto
no continente e escolheu a via da educação.
Swaniker
usa a sua rede de contactos profissionais e pessoais para garantir o
financiamento do projecto. É assim que a ALU financia os estudantes que não têm
capacidade económica para frequentar os programas disponíveis.
Antes de
escolher o percurso de formação, o primeiro ano (de quatro) é orientado apenas
para o desenvolvimento de capacidades: “decisão e informação”, “comunicação de
impacto”, “liderança empresarial” e “gestão de projectos”. Cada ano curricular
prevê oito meses de frequência de aulas e quatro meses de estágio profissional
(a ALU montou a sua estrutura em parceria com várias empresas conhecidas, que
vão receber os alunos nesta fase).
Os
restantes três anos dão acesso a um grau de bacharelato, que é feito em
parceria com a Glasgow Caledonian University (com campus em Londres, Nova
Iorque e Glasgow). A ALU desenvolve também parcerias com algumas das mais
prestigiadas universidades do mundo, como a Universidade de Stanford (EUA), por
exemplo.
O
primeiro campus está localizado na Maurícia também por razões
políticas, económicas e operacionais. O país é aberto ao exterior (a maioria
dos visitantes não precisa de requerer um visto prévio, o que facilita a
movimentação de pessoas) e acolheu a ALU com entusiasmo – a actual presidente
da República da Maurícia, Ameenah Gurib-Fakim, também estará presente na
inauguração.
A ALU é
uma das ramificações do African Leadership Group, um conjunto de organizações
com sede em Joanesburgo (África do Sul) que inclui, para além da universidade,
a African Leadership Academy (que organiza programas pré-universitários de
dois anos), a African Leadership Network (que conecta quase 2 mil líderes
influentes para encorajar o comércio, o investimento e a colaboração
pan-africana) e o Africa Advisory Group (consultoria e identificação de
talentos).
Fonte:
http://www.redeangola.info/graca-machel-inaugura-universidade-pan-africanista/
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* A
notícia foi actualizada às 13.36h , acrescentando o número de estudantes angolanos na
ALU.
Um comentário:
Estou inanimado estático, nunca a havia sido pioneiro em tantas prévias e existência de inclusão e integração simultânea. Correspondente a uma ruptura no espaço temporal, primário. E sempre tenho a minha própria opinião. Creio que minha faze de experiências novas por si, se concretizam, no disseminar do espaço logístico. Onde o ponte, e o acesso, estão em dinâmica construção. Que medo! Uma flecha, um arco contraído e uma direção aperfeiçoda. Creio que seja necessário uma diretoria executiva, em substituição a uma presidência. Funcionária como: Diretor (a) executiva de comunicação e projetos, Diretoria Administrativa e financeira, Diretoria Marketing e publicidade, Diretoria de Disseminação e Recursos da Geografia Natural, integrada. Diretoria de qualificação e bem comum. Criando um hexágono entorno da otimização. Constituiriamos um diálogo abordando os pontos, atribuíndo ao objetivos as premissas prováveis, relatando, as análises parciais dos acontecimentos. Creio que seja necessário que os grupos de trabalhos específicos, tendo, nesta, atuação, coletiva de autonomia, baseadas, nas metas. A parte preponderante é que todos são atores, ação, qualidade, qualificação, produto, encubadora e serviços. A Diretoria Executiva, norteia de forma objetiva o Feed Back e também não fica estática, caso de uma desistência. Pois a principal demanda é a formação e está preparado é seguir em frente. Cabe a nos sabermos, que tudo é confortável e que não estamos inventado a roda, 1°, 2°, 3° e quantos mais forem as atribuições de recursos humanos, nesta diretoria, mais formalmente especializados estudaremos em blocos até encontrarmos o nosso liminte (s), sem perder de vista o aluguel, o vestiário, a alimentação, o deslocamento, a proximidade, a otimização. Flexibilização.
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