PROJETO “NEGRITUDE NA RUA”
(Uma Proposta para
Discussões, Inserções, Alterações e Supressões, Assim como para Servir de Base
para Fazer Outros Projetos Pessoais, em Quaisquer Circunstâncias de Trabalhos
com Perspectivas Parecidas com Esta Que Propomos)
Introdução
Minha
expectativa é que daqui algum tempo, este Projeto se transforme num documento
de autoria coletiva, capaz de ser estruturado com uma coluna vertebral, ainda a
ser construída: um Pensamento Ideológico
e Político Autônomo para os Adeptos da Negritude Brasileira.
Utopia?
Que Seja!...
Mas esta é
uma utopia que só depende daqueles que verdadeiramente tiverem responsabilidade
com a disseminação do espírito da CIDADANIA AO ALCANCE DE TODOS E, POR ISSO
MESMO, INDISTINTAMENTE INDEPENDENTE DE CIRCUNSTÂNCIAS PESSOAIS, GRUPAIS, IDEOLÓGICAS,
POLÍTICAS FLUÍDAS; AO SABOR DAS CONJUNTURAS, CONVENIENTEMENTE APROVEITADAS POR
ALGUNS E IGNORADAS POR MUITOS...
JUSTIFICATIVA:
Uma das maiores
dificuldades que os adeptos da Negritude brasileira têm são as interdições que
o Racismo Institucional, por intermédio das Instituições de ensino Públicas e
Privadas – em quaisquer níveis -, dos seus materiais didáticos e das grandes
mídias sempre fizeram, fazem e ainda farão às apresentações das histórias negras
no Brasil e no Mundo; e às diversas manifestações da Cultura Negra gerenciada
pelo próprio negro, principalmente no Brasil.
O que
justifica a implantação desse projeto é a impossibilidade que os adeptos da
Negritude têm para - nas atuais conjunturas sociais, culturais, econômicas e
políticas que se apresentam no Brasil, remover as interdições já referidas.
Esse projeto
de trabalho se propõe achar soluções alternativas e viáveis, para superar as
interdições já, antes, referidas, por intermédio de um projeto de trabalho
amparado, inicialmente, em um pequenos grupo de pessoas dispostas a criar,
juntas, u’a metodologia de trabalho prático e capaz de superar aquelas
interdições. Posteriormente, o grupo
procurará se ampliar, já tendo em mãos um método de trabalho passível de ser
adaptado às necessidades dos locais em que surgirem outros grupos de pessoas
dispostas a se engajarem nesse Projeto – os multiplicadores. Esses
multiplicadores prepararão voluntários formadores de tantos pequenos grupos
quantos forem possíveis e em quaisquer lugares onde puderem ser implantados,
com autonomias para adaptarem a metodologia inicialmente criada aos locais e
condições em precisarem ser empregadas, tendo como foco a disseminação da noção
de cidadania entre pessoas, dentro das suas famílias, assim como em ruas,
bairros, cidades, regiões e Estados no Brasil.
OBJETIVO:
Criar
alternativas de superar as interdições que o Racismo Institucional submete a
população pobre brasileira; aonde sabemos que a maioria é negra ou mostra
fortes heranças negras. Com este Projeto
deseja-se criar inúmeros pequenos grupos de monitores-multiplicadores,
responsáveis por formarem voluntários capacitados em trabalhos com pequenos
grupos de pessoas, em locais onde os moradores têm dificuldades de exercerem ou
fazerem valer suas cidadanias.
FASES DESTE PROJETO
01) “Garimpar”
pessoas dispostas a acharem as possíveis alternativas para se atingir o
objetivo proposto;
02) Propor,
discutir tais propostas com os demais integrantes, tirar conclusões
compartilhadas e propor metodologias de ações práticas para organizar pequenos
grupos e articular esses grupos entre si, seja rua-a-rua, bairro-a-bairro,
cidade-a-cidade, região a região e,
finalmente, Estados-a-Estados no Brasil;
03) Definir
em que nível político o trabalho será iniciado( se municipal, Estadual ou
federal);
Em cada nível, deverá se definir os
sub-níveis apropriados para iniciar este modelo de Projeto.
04) Após
observar as características locais(sociais, materiais e culturais) definir qual
será o foco do trabalho e as metodologias mais adequadas para implantar este
modelo de Projeto;
05) Definir Metodologias de trabalho
apropriadas cada local escolhido para se implantar este modelo de Projeto;
A) Fazer levantamentos de interesses relevantes;
A) Determinar quais assuntos são passíveis de serem abordados
no local escolhido;
C) Selecionar os assuntos mais
pertinentes ao local;
D) Definir as melhores formas de
abordar cada assunto selecionado;
Iniciando o trabalho:
A) Preparando a reunião dos possíveis interessados;
B) Escolher a metodologia mais apropriada para preparar a
reunião;
C) Definir local de reunião;
D) Saber qual é o tamanho do local
escolhido para a reunião;
E) Sabendo que cada pessoa ocupa uma
área de 1,0 m², pode-se ocupar até 60% da área do local escolhido para reunião;
F) Definir o perfil das pessoas
convidadas com vistas a fundar a associação. Dá-se preferência por pessoas que,
previamente, e por informações, já se saiba que tais pessoas são formadoras de
opiniões no local;
G) Redigir e fazer a quantidade de
convites necessários, onde obrigatoriamente tem escrito o motivo da reunião e o
que será apreciado e discutido, local da reunião, data da reunião e a hora da
reunião;
H) Distribuir os convites com pelo
menos 72 horas de antecedência da ocorrência da reunião.
Abertura da Reunião:
Os orientadores dos trabalhos
voluntários sempre devem estar presentes nos locais das reuniões ANTES DA
CHEGADA DOS PRIMEIROS CONVIDADOS.
Recomenda-se uma comissão de pelo
menos três orientadores voluntários e não mais do que cinco. Nessa comissão uma
pessoa é responsável pela coordenação dos trabalhos e os demais fazem trabalhos
auxiliares. Porém nada impede que, de uma reunião para a outra haja alternância
de funções.
Abre-se qualquer reunião,
declarando-a “Aberta” e seguindo a apresentação dos assuntos que constam dos
convites.
O Coordenador Voluntário passa uma
lista em papel almaço, avisando aos presentes que cada um deve preenchê-la, com
nome, profissão, endereço completo, telefone e pelo menos hum endereço virtual (página
de Facebook, e-mail, Twitter etc). Assim
ficará mais fácil entrar em contato com cada um dos presentes em futuras
reuniões.
Cada assunto é apresentado aos presentes sempre de formas
hierarquizadas e em função das realidades e necessidades locais previamente
focadas e provisoriamente seguindo uma ordem de apresentação para discussão, de
acordo com o que a Comissão de voluntários determinou.
O coordenador voluntário solicita
aos seus auxiliares que, a partir de então, façam anotações de ideias,
problemas, sugestões de soluções e quaisquer assuntos a mais que forem julgados
relevantes naquela reunião.
Os orientadores voluntários procuram
estimular as exposições de suas ideias pelos presentes, pois assim eles têm
maiores possibilidades de se envolverem mais nas discussões e também se
sentirem corresponsáveis pelas soluções surgidas nas reuniões.
Terminada esta fase de exposições de
interesses dos presentes, os assuntos provisoriamente hierarquizados pela
Comissão de Voluntários, assumem a hierarquia determinada pelos interesses
demonstrados pelos presentes.
Formam-se então tantos subgrupos de
presentes quantos forem os grupos de assuntos de interesses desses presentes,
levantados nesta reunião. Recomenda-se que cada subgrupo seja composto de
número impar de integrantes, porque fica mais fácil evitar tirar mais de uma
conclusão ou solução, por causa da ocorrências de empates nas escolhas.
Estimula-se cada subgrupo a definir
seu representante naquela reunião.
Cada subgrupo, auxiliado por
representantes da Comissão e com tempo determinado, discutem aquilo que lhes
competem e tiram suas conclusões, também, hierarquizadas em ordem decrescente
de adesões.
Antes da apresentação de todas as
conclusões subgrupais, a Comissão de Voluntário faz uma rápida explanação sobre
a importância ética de se valorizar os interesses do maior número de pessoas
possível, em detrimento das vaidades pessoais, grupais e/ou partidárias, uma
vez que AS CONQUISTAS MAIS IMPORTANTES DE UMA SOCIEDADE SÃO AQUELAS QUE
BENEFICIAM O MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE PESSOAS QUE COMPÕEM ESSA MESMA SOCIEDADE, DESTACANDO
AINDA A IMPORTÂNCIA DE SE RESPEITAR SEMPRE OS INTERESSES LEGÍTIMOS DAS MINORIAS
REPRESENTADAS NAS REUNIÕES.
Finalmente reúnem-se todos os
presentes novamente e cada representante de subgrupo apresenta sua conclusão
aos demais, fazendo uma breve defesa da mesma. Em seguida a Comissão de
voluntários pergunta se alguém deseja tirar alguma dúvida. Não havendo mais
dúvidas, a mesma Comissão põem todas as conclusões apresentadas em votação; todos votam na proposta de conclusão que
individualmente lhes convier.
Se houver empate, as conclusões
empatadas se tornarão “conclusões de todos”.
Chama-se atenção
daqueles subgrupos, cujas conclusões não foram majoritariamente votadas, que SUAS CONCLUSÕES, APESAR DE NO MOMENTO NÃO ESTAREM ENTRE AQUELAS QUE
REPRESENTARÃO AS VONTADES DO GRUPO, REPRESENTAM UM IMPORTANTE ESFORÇO DE
COLABORAÇÃO DO TRABALHO A FAVOR INTERESSES DE TODOS, pois elas, noutras
ocasiões mais propícias, poderão fazer grande diferença, a favor de futuras discussões
do Grupo e em favor dos interesses coletivos representados.
A COMISSÃO APROVEITA PARA REFORÇAR A
IMPORTÂNCIA DO RESPEITO ÀS VONTADES DA MAIORIA, MAS, TAMBÉM RESPEITANDO OS
INTERESSES LEGÍTIMOS DAS MINORIAS, ENFATIZANDO QUE ESSE É O PRINCÍPIO BÁSICO DA
DEMOCRACIA RADICAL E A FAVOR DAS SATISFAÇÕES DAS DEMANDAS POLÍTICAS COLETIVAS,
JÁ QUE AS DECISÕES POLÍTICAS INSTITUCIONAIS SÃO TOMADAS EM FUNÇÃO DA QUANTIDADE
DE PESSOAS INTERESSADAS NELAS.
Nesse ponto está definida a pauta
representativa das demandas políticas de qualquer organização; portanto, a
partir de então, este grupo já tem com que dialogar e defender seus interesses
politicamente com quaisquer outras organizações e grupos sociais, culturais,
econômicos e políticos, de quaisquer tamanhos ou níveis.
Finalmente a Comissão de voluntários aproveita a oportunidade para
mostrar aos presentes, em quaisquer reuniões, que ELES ACABARAM DE PARTICIPAR –
COMO CIDADÃOS – DE UM DENTRE OS VÁRIOS EXEMPLOS DE PROCESSOS DE ESCOLHA
POLÍTICA E LEGÍTIMA, PORQUE O MESMO SE FÊZ NA INSTÂNCIA MAIS IMPORTANTE DE UM
REGIME QUE RESPEITA A DEMOCRACIA RADICAL – UMA REUNIÃO DE CIDADÃOS, PASSÍVEIS
DE SEREM REPRESENTADOS POLITICAMENTE E VEREM SUAS DEMANDAS DEFENDIDAS EM QUAISQUER INSTÂNCIAS POLÍTICAS
INSTITUCIONAIS, PÚBLICAS OU PRIVADAS, EM TROCA DOS SEUS APOIOS POLÍTICOS; APOIO
ESTE SEMPRE SUJEITO A SER REVISTO, SE O REPRESENTANTE TRAIR A CONFIANÇA DO
REPRESENTADO.