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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Brasil: Negro e Combate ao Racismo Institucional

BRASIL: NEGRO E COMBATE AO RACISMO INSTITUCIONAL
(Proposta para Discussões, Ampliações de Idéias e Possíveis Conclusões...)
por: José Teodoro Costa

Quando se informa sobre racismo no Brasil e no Mundo, toma-se conhecimento das mais variadas formas de práticas racistas feitas nos relacionamentos sociais e profissionais, assim como em prestações de serviços públicos e privados, nas variadas formas de mídias, nos meios(da pré-escola ao ensino médio) preparadores para aquisições de culturas diferenciadas(instituições de graduações e especializações).
Por outro lado observam-se também inúmeras denúncias desse mesmo racismo perpassando toda História brasileira e ocidental, assim como também na  formação das culturas social, política e econômica nacionais.
Há, porém, aquelas formas de racismos "praticadas por atacado" e, por isso mesmo, capazes de afetar grupos inteiros sub-repticiamente afetados pelas mais diversas formas de exclusões sociais, econômicas, políticas e culturais de tão grande amplitude, as quais só podem ser levadas a efeito pelas instituições públicas nos três níveis: municipais, estaduais e federais. Tais formas de racismos são legitimadoras de todas as espécies de intolerâncias raciais praticadas pela sociedade brasileira. Quem responde por todas as formas legitimadoras de intolerâncias raciais praticadas pela sociedade, neste caso, é o que se chama de racismo institucional.
O racismo institucional é entendido de várias formas. Neste caso entende-se como “tratamento diferenciado praticado por agentes públicos a serviço das Instituições Públicas, com anuência desses órgãos públicos, contra grupos sociais com aparências físicas diferentes de outros e em benefício desses outros”. Somente a consciência de ser portador de cidadania, acompanhada de Educação Política com participação direta(sendo político) ou sendo eleitor(votando em seus representantes(os políticos permanentemente fiscalizados e cobrados pelos seus eleitores).
A função de fornecer educação e cultura para se tornar cidadão deveria ser das Instituições Públicas Municipais, Estaduais e Federais em quaisquer fases da vida em sociedade. Porém, caso brasileiro, quando se tem alguma noção da formação histórica, ao se ouvir "eu defendo a democracia", é melhor se prestar atenção nas ações "desse defensor da democracia". Neste caso a educação para a cidadania SÓ OCORRE POR AÇÃO DAQUELES QUE SE RESPONSABILIZAREM PELO RESGASTE DO DESPOSSUÍDO DE CIDADANIA.
Mas como resgatar "despossuídos de cidadania"? Quem tem alguma responsabilidade e senso de dever terá que aprender A PARTIR DO RESPEITO PELOS VALORES UNIVERSAIS QUE CADA SER HUMANO INTUITIVAMENTE SABE-SE POSSUIDOR: direito à vida com dignidade para si e para os outros.
Sabe-se que as sociedades humanas se organizam sob as mais variadas formas visando proteger aos seus interesses segmentados. Por isso todas elas criaram e mantêm instituições capazes zelarem pelas organizações sociais, políticas, econômicas e culturais.
De todas as instituições criadas para regerem as sociedades humanas, as instituições políticas são as responsáveis pelas resoluções de  conflitos de interesses de classes e têm suas formas, em cada momento histórico, ditadas pelos interesses hegemônicos vigentes, fazendo políticas partidárias e arregimentando simpatizantes por intermédio de discursos político-partidários.
Portanto as lutas negras antirracistas, para ter seus interesses atendidos pelo Estado Brasileiro, terão que pensarem, organizarem os interessados, proporem, discutirem e tirarem conclusões em pautas que representem os interesses das comunidades negras nacionais, nos níveis municipais, estaduais e federais e chegarem a uma pauta comum.
Os primeiros desafios propostos para chegar ao protagonismo político negro no Brasil são “qual deve ser o pensamento político negro capaz de minimizar os conflitos entre os aspirantes a líderes representantes dos interesses negros; em que nível político (municipal, estadual ou federal e por que) deve-se começar; e quais serão as formas que tais aspirantes a lideranças negras usarão para terem representatividade política junto aos seus futuros eleitores e FALAR POR ELES nas instâncias políticas imediatamente acima”.
O bom senso recomenda iniciar este trabalho preocupando antes de tudo em ajudar nós negros a descobrirmos que temos direito, antes de tudo, a sermos cidadãos e, como tais, escolhermos quais são nossas prioridades individuais e em que “as futuras lideranças negras podem ser nossas aliadas”. Portanto dispensam-se os “cabrestos filosóficos e ideológicos”, porque nós eleitores negros estaremos iniciando nossa educação política aprendendo como nos mobilizarmos para dar respaldo político aos nossos representantes...
Numa outra oportunidade voltarei ao assunto propondo outro subtema para discussões e formações de opiniões.
 

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